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sábado, 1 de novembro de 2014

O clube do game jogou 'Destiny' e aponta 3 coisas boas e 3 ruins no game de tiro

Jogador pode escolher três classes de personagens em 'Destiny', mas no fundo eles não não muito diferentes (Foto: Divulgação/Activision)
"Destiny" chega como uma  das maiores promessas dos videogames em 2014. Mesmo com um investimento de US$ 500 milhões pela Activision, a expectativa criada foi alta demais e o game não entregou tudo o que foi esperado. Mas isso não significa que o jogo é ruim, muito pelo contrário. É uma superprodução que pegou elementos de diversos outros jogos de sucesso e, talvez por conta disso, não tem essência própria e não é inovador.
Você vai se divertir? Sim, caso você goste de jogos de tiro em primeira pessoa futuristas como "Halo" e "Titanfall", e goste de modos Horda de jogos como "Gears of War". Além disso, o jogo apresenta elementos da jogabilidade da série "Diablo" como o enfrentamento de inimigos, evolução de personagens e upgrade de itens e armaduras que refletem no visual do herói.

Apresentando uma ópera espacial com uma história fantástica, "Destiny" introduz o Viajante, a bola gigante branca que viaja pelo universo e leva vida para planetas "mortos" como Vênus e Marte. Em uma época de paz, ele ajudou a humanidade a evoluir e a explorar o espaço. Mas a Escuridão veio, provocou um holocausto e os poucos humanos que sobrara vivem em uma cidade abaixo do Viajante. O jogador é um Guardião com a missão de proteger este artefato misterioso envolto em muitas lendas e histórias e proteger a humanidade de uma série de inimigos poderosos.
O que é bom
Combates
Os confrontos tradicionais de um jogo de tiro em primeira pessoa são os elementos principais da estrutura de jogo de “Destiny”. Este esquema de jogo é permeado por elementos de RPG. Então o personagem, que pode ser selecionado entre três classes - que têm mais elementos similares do que diferentes, ao contrário de RPGs mais tradicionais - Caçador, Titã e Warlock, evolui conforme elimina adversários, cumpre objetivos e participa do modo de confronto online. Armaduras e armas aumentam o poder do jogador, que deverá pensar em quais destas "peças" usar para vencer os inimigos.
Jogador pode escolher três classes de personagens em 'Destiny', mas no fundo eles não não muito diferentes (Foto: Divulgação/Activision)Jogador pode escolher três classes de heróis
em 'Destiny', mas no fundo eles não não muito
diferentes (Foto: Divulgação/Activision)
Como em "Halo", os combates de "Destiny" são intensos e com controles precisos. E é viciante ficar eliminando hordas e hordas de inimigos por horas apenas para cumprir objetivos mas, principalmente, para ver seu Guardião evoluir. Conforme se avança, os jogadores terão suas armas favoritas que ajudarão nas batalhas. Itens incomuns e raros evoluem também, melhorando ainda mais o equipamento e tornando o personagem mais forte.
A Bungie construiu o game de forma a oferecer missões cooperativas para até três jogadores - mas pode-se jogar muito bem nas pouco mais de 20 horas do modo História - permitindo que táticas sejam criadas para o grupo, mas a pouca diferença entre as classes de heróis, em vez de permitir que cada um usasse uma habilidade diferente, faz o jogo parecer um modo Horda de outros títulos.
O sistema de combates lembra "Diablo". O jogador anda por um pedaço grande do mapa eliminando grupos de inimigos que voltam conforme o passar do tempo e entra em dungeons onde, ao morrer, o retorno é limitado. Cada planeta possui inimigos diferentes e com habilidades únicas, o que torna o desafio ainda mais legal.
Uma dica para o game ficar ainda melhor: caso tenha experiência em jogos de tiro, jogue as missões no nível de dificuldade mais alto. É mais divertido e desafiador, e o Guardião ganha mais pontos de experiência e evolui mais rapidamente.
Há muitos inimigos em 'Destiny' (Foto: Divulgação/Activision)Há muitos inimigos em 'Destiny' (Foto: Divulgação/Activision)
Sistema de evolução
Evoluir e modificar seu personagem é outro ponto positivo do game. Aliado aos menus muito bem construídos, o jogador vê seu guardião ficando mais forte e mudando o visual com novos capacetes, botas, coletes e capas. Além de o jogador evoluir até o nível 20equipamentos e armas crescem da mesma maneira, seja oferecendo melhor precisão dos tiros, mais dano ou mais capacidade de munição. No caso das armaduras, elas dão maior proteção e reduzem tempo de recuperação das habilidades do personagem.
Ao jogador cooperativamente, os pontos ao eliminar inimigos são compartilhados entre a equipe, o que ajuda a evoluir rapidamente.
Fase 'beta' de 'Destiny' começa primeiro no PS4 e no PS3, em 17 de julho (Foto: Divulgação/Activision)Heróis de 'Destiny', que tem versões para Xbox e
Playstation (Foto: Divulgação/Activision)
Na parte de evolução do personagem, há subclasses que permitem selecionar habilidades diferentes. O jogador pode escolher se recuperar mais rápido e ter mais velocidade na batalha ou focar na força e na resistência a projéteis. Tudo isso cria possibilidades que o jogador poderá usar quando bem entender, já que nenhuma delas

Após alcançar o nível 20 de evolução o jogo muda completamente. Em vez de evoluir nos combates, são as armaduras que dão pontos de luz que aumentam os poderes e a força do Guardião.
O jogo não tem pause, então a dica é tentar fazer todos os ajustes de personagem na Torre, área social do jogo, antes de ir para as missões ou encontrar locais sem inimigos para poder entrar no menu.
Universo
A Bungie conseguiu, assim como em “Halo”, criar um universo completo, que parece vivo e que dá vontade de estar lá. “Destiny” mostra o nosso mundo centenas de anos para a frente. Por conta de uma guerra, este mundo futurista já está em ruínas e é interessante ver como foram criadas as civilizações decadentes nos planetas Marte e Vênus, cada um com suas peculiaridades. É tudo tão completo que há o Grimório, onde o jogador abre cartas conforme evolui na história que contam mais detalhes sobre mundos e inimigos.

A sensação de grandeza está em todos os mapas, que trazem horizontes distantes e desoladores. A qualidade gráfica do jogo e, principalmente, dos efeitos de iluminação são responsáveis diretos na criação deste clima. Na Torre, área social do game e onde se recebe recompensas das missões, a vista é do Viajante e da cidade construída abaixo dele. Na Lua, contempla-se as imensas fendas abertas em nosso satélite natural dá um ar de tristeza, como se ele estivesse pedindo ajuda. Em Vênus, florestas perigosas com um tom amarelado guardam surpresas mortais por detrás da névoa e Marte é um deserto vermelho e montanhoso, uma local de muita solidão para o Guardião.

Este universo imenso e detalhado permeia toda a experiência de “Destiny”, desde a tela inicial. A seleção de missões, por exemplo, foi feita para parecer que o herói está na órbita do planeta, esperando as ordens chegarem para agir. O menu mostra a nave do jogador – que pode ser trocada ao comprar ou ganhar novos modelos – e ao selecionar o mapa com os planetas, como se fosse o guia da nave, ela entra em um buraco de minhoca para viajar ao destino na velocidade da luz. Você não sai de dentro do jogo nem no modo online, quando neste trajeto aparecem as naves de seus companheiros de time. O clima é imenso e extenso.

Não podemos esquecer da trilha sonora, que teve ajuda de Paul McCartney, que intensifica a experiência e também prepara o jogador para o confronto. Ela cola no ouvido como outras óperas espaciais como “Star Wars”.
O que é ruim
História
Por mais que o universo do game seja bastante detalhado, o mesmo não acontece com a história de "Destiny". Os Guardiões são vazios, diferentemente do Fantasma que o acompanha durante toda a aventura - muito bem dublado, por sinal.
Os diálogos são rasos e você espera que algo espetacular aconteça, mas isso nunca chega. Há poucas cenas que ampliam o roteiro e as histórias entre as missões são simples demais. Você vai jogar, e muito, mas não vai ficar ligado na história.
Em um determinado momento, duas raças inimigas aparecerão se enfrentando. Em vez de o jogador se preocupar com aquilo e tentar entender os motivos, ele já vai partir para o ataque. Cada inimigo possui uma história diferente, com motivações diferentes para estar no combate, mas tudo isso se resume apenas a muitos tiros e explosões. Em se tratando da Bungie, que criou "Halo", esperava-se mais da narrativa.
'Destiny' terá três classes de personagens para usar (Foto: Divulgação/Bungie)'Destiny' terá três classes de personagens para
usar (Foto: Divulgação/Bungie)
Falta de inovação
"Destiny" tem a intenção de ser tudo, o que criou uma expectativa alta, e, no final das contas, acaba não sendo muita coisa. Ele quer agradar uma gama enorme de jogadores, fãs de jogos de tiro, fãs de jogos de RPG, fãs de "Diablo", fãs de "Halo" e fãs de jogos espaciais. Mas ele se perde justamente nesta mistura.
Não há elementos inéditos e "Destiny" não é o game inovador que a Activision prometeu em seus mais de US$ 500 milhões investidos em marketing. A simples união destes jogos diferentes não combina direito, e tudo o que o jogo tenta apresentar é raso e limitado. A produção é excelente, mas ele não consegue ser diferente de nada que já existe no mercado. Muitos jogadores poderão se divertir muito mais com "Halo", com "BioShock Infinite" ou com "Diablo III".
Mas mesmo assim, o jogo prende. Não tem como não querer terminar só mais uma missão antes de desligar o videogame.
Um dos soldados de 'Destiny', novo game da Bungie (Foto: Divulgação/Bungie)Um dos soldados de 'Destiny', novo game da
Bungie (Foto: Divulgação/Bungie)
Contato com outros jogadores
Para um jogo com uma proposta online constante e massiva, a comunicação entre jogadores é extremamente deficiente. Usando o direcional digital, é possível cumprimentar e apontar uma direção, além de sentar no chão e dançar.
Diferentemente de MMOs como "World of Warcraft", por exemplo, não é possível mandar mensagens de texto ou de voz para outros jogadores que estão na Torre, ponto de encontro do game, ou nos imensos cenários dos planetas. Pode-se, contudo, chamar o jogador para o esquadrão, mas se ele não for seu amigo não é possível conversar por meio de voz. Com isso,
Outro ponto negativo é que nas partidas online não há opções para montar grupos entre amigos no Crisol, que é o modo de partidas online. Ou seja, nada de ter uma equipe de amigos para enfrentar outras pessoas.
Também, o jogador fica limitado às opções de armas e armaduras que ele criou para o modo História e não pode criar modelos a serem usados em diferentes momentos, como acontece em "Call of Duty", "Battlefield" e "Titanfall".
Como a Bungie está liberando atualizações constantes para o game, espera-se que estes problemas sejam resolvidos em breve.
Capa de 'Destiny' (Foto: Divulgação/Activision)
"Destiny"
Plataformas: Xbox One (versão testada), Xbox 360, PlayStation 4 e PlayStation 3
Produção: Activision
Desenvolvimento: Bungie
Gênero: tiro em primeira pessoa/RPG
Jogadores: 1 (até 12 online)
Lançamento: 9 de setembro
Classificação indicativa: 14 anos
Preço: R$ 200
Prós: excelentes combates, universo detalhado, bom visual dos heróis e cenários, trilha sonora, evolução dos personagens, viciante.
Contras: falta de comunicação com jogadores, não há a inovação prometida, mistura de gêneros, história rasa.

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